Não são as Imagens

…que fazem o filme, mas a alma das imagens.

Filmes brasileiros essenciais das décadas de 2000 e 2010 para entender a arte de atuar

by Gustavo Fontele Dourado

Com o cinema brasileiro em expansão na década de 2000 e novos meios de produção amadurecidos ou em descoberta na década de 2010, o nosso cinema apresentou cada vez mais a busca pela competência na direção de atores ou captar a qualidade, seja em diferentes métodos ou expressões, na direção do elenco e na interpretação das personagens. Esta lista cita marcos dos últimos 16 anos na arte de atuar na cinematografia brasileira.

Estorvo (2000)

Estorvo

Jorge Perugorría transmite paranóia e a superficialidade do meio social artístico como poucos. Herda a erudição de vida que Ruy Guerra tem com o elenco e a profundidade narrativa de Chico Buarque neste filme.

O Auto da Compadecida (2000)

O auto da compadecida

Um filme que faz uma intertextualidade entre três veículos de atuação: cinematográfica, teatral e novelesca. O que une e faz a síntese disso é o ser engraçado, a comédia e o hilário. A qualidade que os diálogos ganharam não deixa a desejar do texto original.

Oriundi (2000)

Oriundi

Uma das últimas interpretações do lendário Anthony Quinn. Caso em que o protagonista se destaca muito mais que o filme e do restante do elenco.

Lavoura Arcaica (2001)

Lavoura arcaica

Sua forma onírica de interpretações marcou para sempre o cinema brasileiro, porém é uma escola pouco praticada e difícil de ser seguida.

Bicho de Sete Cabeças (2001)

Bicho de sete cabeças

A entrega é a marca do filme, o esforço de um ator para ir além do que ele poderia fazer normalmente. A cena do eletrochoque é impactante devido ao preparo perspicaz antes de atuar – o que traz a agonia suprema é a espera usada como técnica.

Domésticas (2001)

Domésticas

Com simplicidade nas interpretações, o filme impacta mais do que se tivesse construções cênicas mirabolantes e com pretensões herméticas.

Madame Satã (2002)

Madame Satã

Um dos melhores filmes sobre uma pessoa histórica, a potência de Lazaro Ramos foge de vários clichês de filmes biográficos. Sua atuação foge das regras e dos lugares-comuns que muitas vezes um gênero fílmico impõe.

Cidade de Deus (2002)

Cidade de Deus

A preparação de atores e essa forma de trabalhar com um preparador específico ganhou grande propulsão com o sucesso desse filme. Pena que muito do elenco não foi aproveitado em outros projetos. Muitas carreiras começaram e terminaram em Cidade de Deus.

33 (2002)

33

O tom de busca e pesquisa cômica com toques experimentais permeia 33. Colocar-se em uma obra ou produto com eficácia e convicção é um desafio – a ordem aqui é se auto-interpretar.

Narradores de Javé (2003)

Narradores de javé

Inspirou muitos filmes com seu toque de intimidade e construção burlesca. Algumas vezes os diálogos usam frases de efeito para transmitir críticas.

Carandiru (2003)

Carandiru

Uma das obras que mais trabalham memória afetiva e história pregressa. O material humano aqui é a prioridade para trabalhar as técnicas de atuação. Será receptivo para quem gosta de Stanislavski e as aplicações competentes de Babenco.

Nina (2004)

Nina

Moderniza o gênero de terror no Brasil, os personagens precisam ser sufocados e a apreensão é o que não faltará em suas expressões. Os corpos jogam sempre classificações e julgamentos.

Olga (2004)

Olga

A dor e o sofrimento são palavras-chave na interpretação de Camila Morgado. O filme ganha uma forma séria e o que é humano se torna áspero por causa dos objetivos das personagens sempre em conflito.

O Outro Lado da Rua (2004)

O outro lado da rua

Com várias referências a Janela Indiscreta (1954), o elenco mostra domínio da técnica e ainda passa nostalgia e expectativas.

O signo do caos (2005)

O signo do caos

Sganzerla nos lembra que há outros mundos de atuação e não apenas Stanislavski que é o mais procurado método no cinema ocidental e industrial. Artaud e Grotowski podem ser muito cinematográficos.

Casa de Areia (2005)

Casa de areia

Um dos pontos altos de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres – a combinação é imperdível e mostra como pessoas próximas entre si na vida real podem causar impacto nas interpretações.

Serras da Desordem (2006)

Serras da desordem

Filme que demonstra a possibilidade concreta da atuação ser um exercício etnográfico, ora consciente ora inconsciente.

O Céu de Suely (2006)

O céu de suely

A figura central é o que compõe a obra inteira: uma construção de persona clássica nos filmes que funciona muito bem e não esvazia o frescor do filme de Karim.

Jogo de Cena (2007)

Jogo de cena

A atuação no espaço reflexivo e da palavra contada. A performance no documental e no relato.

Saneamento Básico (2007)

Saneamento básico

Faz ironias com o preconceito através do deboche e sem cair no pastelão. Um dos melhores filmes metalinguísticos do Brasil. O texto é bem dito e conduz grande parte do humor, o elenco ajuda na construção coletiva com o diretor.

A casa de Alice (2007)

A casa de alice

Diálogos muito “naturais” e que não traz belíssimas frases no sentido de ser uma citação para ser anotada em grandes livros. Uma das melhores obras sobre o cotidiano e sem o marasmo de vários outros filmes desse gênero.

Se nada mais der certo (2008)

Se nada mais der certo

A obra tem a personagem Marcim que possui uma das melhores transformações de semblante e de interpretação em todo o cinema brasileiro. Belmonte fez assim mais do que o muito bom com a atriz.

Filmefobia (2008)

Filmefobia

O tom de reflexão sobre o próprio cinema causa estranheza e os corpos em agonia.

Insolação (2009)

Insolação

As interpretações são assumidamente mais rígidas, porém isso é executado magnificamente. O texto deve ser dito com beleza e expressa o quanto são travadas essas pessoas que prendem suas expressões por sua falta de flexibilidade.

Os Famosos e os Duendes da Morte (2009)

Os duendes da morte

O tom de mistério e solidão passados por um ator adolescente. As imagens da madrugada nunca estiveram tão atrativas desde Noite Vazia (1964). Sua interpretação capta bem o jeito dos usuários da internet com tédio e com o desejo, muitas vezes não realizado, de se encontrar na vida.

Transeunte (2010)

Transeunte

O ator no ápice da contemplação, a serenidade é uma máscara que encoberta muito do monstro interno do protagonista. O ator ultrapassa também a maioria dos elementos deste filme – ele é o melhor da obra.

Reflexões de um liquidificador (2010)

Reflexões de um liquidificador

Herdeiro espiritual do Cheiro do Ralo (2007), suas interpretações carregam muito do humor negro e da ironia.

Corações sujos (2011)

Corações sujos

A possibilidade de um diretor brasileiro comandando atores estrangeiros e de uma cultura muito diferente. O ar melancólico e violento do elenco é um primor.

Trabalhar cansa (2011)

Trabalhar cansa

Renova a forma de captar apreensão, mistério e enigmas. As relações entre os atores é movida pela praticidade, pelo que vai ser trocado e oferecido.

Heleno (2011)

Heleno

Talvez a melhor cinebiografia dos últimos anos, mostra novamente a entrega de Santoro com seus papeis. Além de aproveitar a bela fotografia da obra para ressaltar ainda mais as suas expressões.

Hoje (2011)

Hoje

Exemplo de como um profissional da atuação pode se superar e fazer outro gênero de filme. A atriz principal fez muita comédia e com Hoje, ela encarna um dos dramas mais simbólicos do país.

O Som ao Redor (2012)

O som ao redor

As pessoas que aparentemente são ordinárias são na verdade muito complexas e as interpretações trazem muito desse aspecto. Todos tem imaginários ricos.

Educação sentimental (2013)

Educação sentimental

Bressane praticamente tem um estilo único de executar monólogos no cinema. Mesmo que não agrade muita gente.

Flores Raras (2013)

Flores raras

Nota-se o histórico diferente das duas atrizes principais contracenando, uma aula de co-produção no sentido de atuar.

Para minha amada morta (2014)

Para minha amada morta

Os corpos tensos que parecem que vão liberar grande quantidade de energia violenta. É a interpretação contida, a busca pela concentração de um objetivo apesar da vontade que pode sufocar as ações.

Praia do Futuro (2014)

Praia do futuro

O efeito catártico desse filme é profundo – o abandono de laços afetivos e o reatar deles. A alteridade da obra é muito relevante.

Branco Sai, Preto Fica (2014)

Branco Sai Preto Fica

Fazer uma interpretação de si mesmo para criar uma fábula política muito criativa através das memórias e dos acontecimentos trágicos do passado. O carisma e o tom de deboche como arma política.

Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

Hoje eu quero voltar sozinho

Filme que trouxe como poucos no seu elenco o retrato da juventude e dos seus afetos com comoção e prender o espectador em desejar o sucesso das suas personagens queridas.

Que Horas Ela Volta? (2015)

Que horas ela volta

Marco recente da atuação brasileira no âmbito internacional, além de trazer uma atriz veterana que muito trabalhou na TV de volta ao cinema com força máxima – Regina Casé. E um belo trabalho de pesquisa de Camila Márdila.

Big Jato (2015)

Big jato

Matheus praticamente se tornou o Peter Sellers brasileiro com esses papéis multifacetados e contrastantes em Big Jato.

Fome (2015)

Fome

Bernardet no seu auge como ator e por desafiar sua história de vida.

O Olmo e a Gaivota (2015)

O olmo e a gaivota

Superou Elena (2012), que já trazia formas e articulações ricas, para mostrar a voz de uma atriz e o seu papel nos filmes e no social.

Mundo Cão (2016)

Mundo cão

Atuações frenéticas que caem muito bem nesta película que propõe um suspense com comédia.

Aquarius (2016)

Aquarius

O talento nato de Sônia Braga acumulado e guardado por não interpretar em um filme por vários anos é enriquece esta obra que promete continuar muito comentada.

Grandes diretoras do cinema brasileiro atual

by Gustavo Fontele Dourado

O cinema mundial tem diretoras marcantes, porém nem tão lembradas ou citadas pela importância de sua trajetória ou a importância que deveriam ter nas memórias das pessoas. Nomes como Alice Guy-Blanché (visionária esquecida que inventou tanto ou mais do que D.W Griffith), Marion Wong (uma das primeiras diretoras do cinema), Forugh Farrokhzad (uma das grandes poetisas do século XX e uma das pessoas que melhor uniu literatura com cinema), Germaine Dulac (diretora de obras-primas como a Sorridente Madame Beudet (1923)), Věra Chytilová (grande representante do cinema Tcheco), Lois Weber (uma das primeiras cineastas autorais da história), Larisa Shepitko (fez The Ascent (1977), um dos filmes que melhor representou a 2ª Guerra Mundial), Lucrecia Martel (a mais talentosa cineasta da América Latina).

Esta lista mostra algumas das diretoras mais impactantes do cinema brasileiro atual, algumas mais lembradas e outras ainda mais ligadas na obscuridade. Assim como no cinema mundial, as diretoras e cineastas merecem mais memórias e lembranças no conteúdo produzido no cinema. Seguindo a força de Cléo de Verberena, primeira diretora do Brasil, muitos nomes marcam presença com a expansão considerável da quantidade de diretoras a partir dos anos 90 e, nos anos 2000 e 2010, a continuidade se mantém. Esta lista prioriza os nomes nos anos 2000 e 2010.

Sugestões de leitura:

  • Brazilian Women’s Filmmaking: From Dictatorship to Democracy. LESLIE L. MARSH.
  • Gender and Society in Contemporary Brazilian Cinema. DAVID WILLIAM FOSTER.
  • The Retomada and beyond: female narrative agency in contemporary Brazilian cinema (1997-2006). MIRANDA KATE SHAW.
  • Women of Brazil: (Mis)Contested Female Identities in Contemporary Brazilian Cinema. TATIANA SIGNORELLI HEISE.

Juliana Rojas

1

Com  carreira constante de filmes ótimos, Juliana já dirigiu os surpreendentes Sinfonia da Necrópole (2014) e Trabalhar Cansa (2011), além de uma série de curtas premiados internacionalmente. Renovou o gênero de terror no Brasil e uma das que mais trazem originalidade sobre a temática da morte. E 2017 vem mais um longa!

Anna Muylaert

2

A diretora mais comentada dos últimos tempos no Brasil, uma das que mais produzem no país. Fez os memoráveis Durval Discos (2002) com seu hipertexto sobre o pop brasileiro e o sucesso de crítica e público a respeito de dramas sociais Que horas ela Volta? (2015).

Yasmin Thayná

7

Uma das poucas diretoras negras que vem se destacando mais na mídia. Quer sacudir a ordem hierárquica vigente no cinema brasileiro. Já causou grande repercussão com o curta KBELA, financiado com poucos recursos, mas muito bem realizado. Imagine quando fizer seu primeiro longa! Coordena o Afroflix, plataforma para o cinema negro.

Sabrina Fidalgo

4

Com uma jornada acadêmica e artística desde cedo, Sabrina já dirigiu vários curtas que passaram em festivais internacionais e um média para a televisão. Coordena o programa de web TV SuperBapho. Segue com uma das pessoas mais promissoras pros próximos anos do cinema brasileiro. Cinema Mudo (2012), Personal Vivator (2014) e Rio Encantado (2014).

Anita Rocha da Silveira

5

Em primeiro longa, Mate-me por favor (2015), ganhou exibição em Veneza e Munique. Também renova o gênero de terror e suspense no país, fica como uma das grandes possibilidades de renovação da linguagem cinematográfica e marca ao por em festivais internacionais importantes um gênero pouco valorizado pela intelligentsia dos cineastas.

Tânia Anaya

1

Um dos principais nomes da etnografia visual e da animação no Brasil. Dirigiu o longa Nimuendaju, patrocinado pelo BNDES no edital de 2014. Balançando na gangorra (1994), Castelos de vento (1998), Ágtux  (2005) são alguns de seus curtas.

Lilian Santiago

7

Além de ser importante produtora como nos filmes Os Matadores (1997) e A Hora Mágica (1998), é docente importante em São Paulo e dirigiu os curtas: Balé de Pé no Chão (2005), Graffiti (2008) e Eu tenho a palavra (2010).

Cris Ventura

2

Nas minhas mãos eu não quero pregos (2012) é um mais representativos documentários biográficos produzidos no país e lançado em Tiradentes em 2013. Também já fez curtas experimentais.

Dácia Ibiapina

9

Formada em engenharia e mestre em comunicação pela UnB. Faz curtas desde os anos 80 e fez seu primeiro longa recentemente: Entorno da Beleza (2012) e que lançou em Tiradentes. É uma das principais documentaristas de Brasília.

Eliane Caffé

10

Narradores de Javé (2003) já é considerado um clássico e está presente na maioria das listas sobre cinema nacional. O Sol do Meio Dia (2009) também teve grande impacto na cinematografia e se firma como uma das cineastas mais atuantes com 5 longas em 15 anos e outros curtas.

Tata Amaral

11

Também atua desde os anos 80 e se firma como um dos principais nomes a partir da segunda metade dos anos 90. Sua principal obra é Hoje (2011), co-produzido com a HBO e de excelentes atuações.

Maria Augusta Ramos

12

Importante documentarista que não é tanto lembrada hoje. Ganhou vários prêmios com Justiça (2004) e Juízo (2008). Teve carreira de curta-metragista na Holanda. Fechou sua trilogia sobre a justiça em Morro dos Prazeres (2013).

Rosane Svartman

13

Diretora que nasceu nos Estados Unidos e veio para o Brasil quando criança. Fez vários filmes que passaram no circuito comercial como Mais uma Vez Amor (2005), Desenrola (2011), Tainá – A Origem (2013).

Sandra Kogut

14

Passaporte Húngaro (2001) é excelente e um dos melhores documentários já feitos no Brasil. Muito antropológico sem ser do ofício. Fez Mutum (2007) e agora o Campo Grande (2016). Faz muitos trabalhos com montagem não-linear.

Maria Clara Escobar

15

Prolífica trajetória para a sua idade, já dirigiu o longa Dias com ele (2013) e escreveu Histórias que só existem quando lembradas (2011). Parece que há muitas ideias por vir, fábrica de ideias.

Marília Rocha

16

Desde 2005 já faz longas-metragens: Aboio (2005), Acácio (2008), A Falta que me faz (2009) e a Cidade onde envelheço (2016). Grande percurso e muitas produções, além de ser uma das documentaristas mais internacionais do país.

Laís Bodanzky

17

Bicho de 7 cabeças (2001) é clássico, porém depois disso Laís teve uma pausa e só dirigiu o próximo filme com Chega de Saudade (2008) e desde então apresenta mais constância com o As Melhores Coisas do Mundo (2010) e a sequência O Ser Transparente em Mundo Invisível (2011), Mulheres olímpicas (2013). Atualmente está na pós-produção de Como nossos pais.

Lina Chamie

18

Diretora importante na expansão das mulheres para a função nos anos 90. Dirige seu primeiro curta em 1995 com Eu sei que você sabe e faz seu primeiro longa em 2000 com Tônica dominante. Fez o segundo longa A Via Láctea (2007) e recentemente fez trabalhos para a TV.

Petra Costa

19

Cineasta que já atuou em várias outras funções, dirigiu os longas Elena (2012) e O Olmo e a Cegonha (2014). Tem percurso acadêmico importante e a tendência é se firmar como uma das principais cineastas nos próximos anos.

Marina Person

20

Fez o belíssimo documentário sobre seu pai, Person (2006), tem carreira importante na TV. Fez alguns curtas nos anos 90 e pretende se ocupar com outros projetos.

Kátia Lund

22

Uma das diretoras mais influentes nos anos 2000 e 2010, seu documentário Notícias de uma guerra particular (1999) inspirou vários filmes sobre a temática. Já trabalhou com Spike Lee no videoclipe de Michael Jackson e foi essencial para Cidade de Deus (2002), lançou um episódio do filme All Invisible Children (2005) e fez a série (FDP) (2012), produzida pela HBO.

Lúcia Murat

21

Com 10 longas no currículo, se firma como uma das diretoras que mais fez filmes. A memória que me contam (2013), Uma Longa Viagem (2011), Maré, Nossa História de Amor (2007), Olhar Estrangeiro (2006), Quase Dois Irmãos (2004), Brava Gente Brasileira (2000) são os seus filmes nas duas últimas décadas.

Helena Solberg

23

A única mulher a ser diretora no cinema novo deixa seu legado e continuou produzindo ao longo dos anos. Hoje é pouco lembrada pelas suas produções mais recentes, apesar de ter ganho muitos filmes em Gramado com Vida de Menina (2005) e Palavra Encantada (2009). Em 2013 fez A Alma da Gente.

Renata Pinheiro

24

É diretora de arte de alguns dos principais filmes dos anos 2000 e 2010 como Tatuagem (2013), A Febre do Rato (2011) e A Festa da Menina Morta (2009). Fez seu primeiro longa em Amor, Plástico e Barulho (2013) que foi exibido no maior festival do país. Atualmente finaliza o longa Açúcar.

Karen Harley

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Provavelmente a maior editora viva do Brasil. Seu currículo é espetacular e co-dirigiu Lixo Extraordinário (2010), que foi indicado ao Oscar de documentário. Editou Que Horas Ela Volta? (2015) e Era Uma Vez Eu, Verônica (2012).

Gabriela Almeida

27

Outra estreante nos longas com A sombra do pai que ainda será lançado, roteiro ganhou prêmio em Sundance. Já dirigiu vários curtas e um deles foi indicado melhor curta no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Daniela Thomas

28

Já trabalhou muito com Walter Salles, porém ela não ficou na sombra do mesmo só é muito menos lembrada. Dirigiu os singulares Insolação (2009), O primeiro dia (1998), Linha de Passe (2008), Terra Estrangeira (1995) – ótimos filmes. Já dirigiu o segmento Loin du 16e para Paris, Eu te Amo (2006) e Voyage para o Stories on Human Rights (2008). Completou o seu primeiro filme que assinará a direção sozinha: Vazante (2016).

Monique Gardenberg

29

Produtora cultural experiente, cursou a New Y0rk University e fez alguns curtas lá como Insônia e Day 67. Fez o primeiro longa em 1996 com Jenipapo. Dirigiu o sucesso Ó pai, ó (2007) e pretende fazer uma sequência.

Alice de Andrade

30

Dirigiu Diabo a Quatro (2004), Histórias cruzadas (2008) e Memória cubana (2010). Tem carreira extensa no cinema em outras funções. Filha de Joaquim Pedro de Andrade.

 

Ana Rieper

31

Teve seu primeiro longa com Vou Rifar Meu Coração (2011) e segue sua carreira com 5 Vezes Chico – O velho e sua gente (2015).

Carla Camurati

32

Atriz importante das últimas décadas, fez um marco dos anos 90 – Carlota Joaquina, Princesa do Brasil. E teve carreira até 2006 com os filmes Irma Vap – O retorno Copacabana (2001). Também já dirigiu óperas.

Ana Carolina

33

Talvez a diretora brasileira mais importante, teve carreira ao longo das décadas de 60 a 80 e retorna nos anos 2000 e 2010 com três longas: Amélia (2000),  Gregório de Matos (2003 ) e A Primeira Missa (2014).

Débora Diniz

4

Antropóloga, professora de direito e primoroza documentarista. Dirigiu os polêmicos e provocativos Solitário Anônimo (2007) e a Casa dos Mortos (2009) – indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Ana Luíza Azevedo

777

Diretora que fez Barbosa (1988) com Jorge Furtado. Foi seu primeiro curta e o seu primeiro longa veio em 2008 com Antes que o mundo acabe. Sua carreira na TV é extensa, alguns dos produtos são: Fantasias de uma Dona de Casa (2008-2009), O Padeiro e as Revoluções (2007), O Bochecha (2002).

Betse de Paula

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Um dos principais nomes da comédia no Brasil, fez três longas com um espaço de 4 a 8 anos entre cada um. Os filmes são: Vendo ou Alugo (2013), Celeste & Estrela (2005) e O casamento de Louise (2001).

Tânia Cypriano

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Documentarista com carreira internacional que já colocou filmes em canais de TV como PBS, History Channel, NHK, GNT e Channel 4. Grandma Has a Video Camera (2007) e Saúde e Fé (2003) são alguns curtas seus nos anos 2000.

Juliana Sakae

45645

Cineasta e ativista que já foi exibida em Toronto e Los Angeles. Gev (2014), Aftermath ( 2013), Nino ( 2013), Bleu et Rouge (2010) são seus filmes como diretora.

Julia Bacha

5656

Seus filmes são Encounter Point (2006) e  Budrus (2009). Cineasta que já foi exibida na BBC, HBO, Al Jazeera e Al Arabiya. Começou sua carreira no Cairo, Egito. Seus filmes também já passaram nos festivais de Sundance, Tribeca, Berlin, Jerusalem e Dubai.

Roberta Marques

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Estou cinema na Holanda. Curtas Linha do Horizonte (2002), Acorda (2005), Looking forward (2007), Looking forward – man and woman (2009). Longas Deixa ir (2005) e Rânia (2012).

Iara Lee

55555

Seu trabalho está concentrado principalmente no Oriente Médio e África. Seus filmes tem um tom de militância e de ativismo. Curtas: The Kalasha and the Crescent (2013) e Battle for the Xingu (2009). Longas: The Suffering Grasses (2012) Cultures of Resistance (2010).

Eunice Gutman 

5656565

Cineasta brasileira esquecida que começou nos anos 70 e produz até hoje. Alguns de seus trabalhos recentes são: Dirce, ainda em produção, Nos Caminhos do Lixo (2008), As Catadoras de Jacutinga (2009) e foi responsável pelo projeto Memória Viva, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/RJ.

Theresa Jessouroun

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Documentarista que já trabalhou em diversas funções no cinema, seu filme À Queima Roupa (2015) ganhou os prêmios de Melhor Documentário e Melhor Direção de Documentário no Festival do Rio de 2014. Quando a Casa é a Rua (2012) e Samba (2001) são os seus outros filmes.

Mara Mourão

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Uma das principais diretoras de comerciais do Brasil, fez publicidades para o Bradesco e Fiat. Dirigiu o documentário com temática da saúde – Doutores da Alegria (2005) e Quem se importa? (2012) sobre empreendedores sociais.

Sandra Werneck

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Também dirigiu alguns comerciais importantes, além de fazer Cazuza – o tempo não pára (2004), Meninas (2005) e Sonhos Roubados (2010). Atua como cineasta desde os anos 70.

Menções honrosas: Tizuka Yamasaki, Suzana Amaral, Gilda de Abreu, Tetê Moraes, Estela Renner, Tereza Trautman, Carmen Santos, Carine Adler, Claudia Priscila, Clarissa Campolina,